sexta-feira, 4 de julho de 2008

O retorno do recalcado...


Olá pessoal.

Eu preciso comentar hoje do primeiro personagem não-humano que eu criei: BRUTU´S ROBÔ!

Estou adorando fazer historinhas com ele, chego a pensar que esta criação minha se tornará um grande ícone das próximas revistas infantis.

Imaginem um Robô que está bem velhinho... claro que ele não demonstra muito isso, mas quem o conhece sabe que a pilha dele já anda cansadinha.

Imaginaram? Conseguiram?

Quando ele foi formulado, ainda não existiam alguns recursos que temos hoje. Sendo assim, ele está hoje COMPLETAMENTE fora da realidade.

Claro que ele poderia ser readaptado ao mundo atual, porém há uma rejeição enorme... ele não aceita mudanças, é totalmente INFLEXÍVEL.

Para ele só há um caminho de atuação, e o repete incessantemente.

É incrivel, mesmo possuindo memória, ela não é suficiente para avisá-lo que, com os mesmos caminhos, não há como chegar a novos lugares.

Aos poucos, OLHIVIA DESPALITADA (Novo personagem - semi robô) tenta poupar BRUTUS´s ROBÔ de eventuais desafios que o leva a conflitos com sua INcapacidade de existir abundantemente, mas a ajuda deste semi- robô-artesanal é insuficiente, porque no fundo não é uma ajuda, é um pedido de atenção, uma forma de ser notada.

OLHIVIA DESPALITADA aproveita das situações conflituosas para se aproximar do BRUTU´S ROBÔ, que não costuma lhe dar atenção em dias comuns.



Mas BRUTU´S ROBÔ, apesar de notá-la, não muda (claro, ele é programado para o insucesso!) continua realizando as mesmas atividades, por sinal, LIMITADÍSSIMAS e rasas.

Robôs até podem ser eficientes, eu creio. Mas, robôs precisam da sustentação humana, dos ajustamentos necessarios que os atualizem à este mundo transformado e transformador.

Além do BRUTU´S ROBÔ e OLHIVIA DESPALITADA há muitos outros membros do sistema que podem favorecer ou não ao crescimento do todo, o que não anula o potencial e o desenvolvimento da autonomia dos demais.

Viva a tecnologia robótica inspiradora deste texto!

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Talvez vocês estejam pensando o porquê deste título: "O Retorno do Recalcado". Nossa, ouvi tanto isso nas aulas de Psicanálise Lacaniana...

E quando comecei escrever, acabei dando esse título. Talvez porque eu já estava pensando em escrever de um robô que faz sempre as mesmas coisas, que vai e volta, vai e retorna... seria o recalque????????